Não há futuro para uma economia extractiva em Moçambique

Agosto 2, 2017

A investigadora do IESE, Fernanda Massarongo fez parte de um painel de discussão sobre “A crise económica e o papel da juventude”, realizado no dia 27 de Julho de 2017, em Maputo.

Durante o debate, Massarongo defendeu que não há futuro para uma economia extractiva  [como a de Moçambique]​ ​dadas as limitadas possibilidades de:  (i) desenvolver capacidades produtivas aprofundadas e complexas; (ii)  desenvolver ligações e articulações internas (iii) gerar emprego em quantidade e qualidade  ​e (iv) ​tornar-se resiliente aos choques do comércio internacional e da economia global. A ​contínua e consolidada ​ dependência ​de importações  já é uma indicação de que os moçambicanos não estão a desenvolver capacidades para produzir o que consomem e ter maior controle sobre a sua própria economia.

A investigadora salientou que os jovens devem estar atentos para antecipar os possíveis problemas sociais, económicos e políticos do país. E que é urgente Moçambique desenvolver e implementar uma estratégia estruturante da economia, capaz de tornar os moçambicanos, em particular os jovens, em cidadãos mais activos economicamente.

Organizado pela Associação dos Jovens Empresários (ANJE), o evento tinha como objectivo contribuir para o desenvolvimento do empreendedorismo em Moçambique.

O painel de discussão contou também com a participação da Juscelina Guirengane,  Presidente da ANJE;  de Anastácio Chembeze,  director-geral do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional  (INEFP); do Professor Doutor José Macuane, da Universidade Eduardo Mondlane; de Ana Rita Sithole, membro da comissão permanente da Assembleia da República; de Gilberto Mendes, Director do Grupo Teatral Gungu e empresário e de Flávio Quembo,  antigo Presidente da ANJE e empresário.

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