A coesão social é definida como sendo o grau de confiança no governo e no seio da sociedade, bem como a vontade de participar colectivamente para uma visão partilhada de paz sustentável e objectivos comuns de desenvolvimento.

A coesão social é analisada sob duas perspectivas:

• Perspectiva horizontal – considera as relações entre os cidadãos. Ela refere-se à qualidade das relações entre os cidadãos e entre os grupos da sociedade civil dentro de uma sociedade, ou seja, aos níveis de solidariedade, confiança, aceitação, reciprocidade, mutualidade e multiplicidade de vínculos (atitudes e comportamentos). Ela é a expressão do funcionamento do tecido social.
• Perspectiva vertical – que considera as interacções entre as instituições públicas e os cidadãos. Ela refere-se às relações entre hierarquias (por exemplo, níveis de autoridade, poder e influência) e diz respeito ao grau em que as instituições estatais e não-estatais (ou seja, tradicionais, religiosas, grupos da sociedade civil, ONGs) interagem com as comunidades e os indivíduos de forma inclusiva, equitativa, transparente e responsável, com o duplo objectivo de fortalecer as relações sociais e reduzir as desigualdades.

Para estas duas perspectivas de coesão social foram concebidos seis indicadores do Programa, nomeadamente: inclusão, segurança e protecção, confiança nos outros, confiança nas instituições, representação e engajamento cívico.