Se a estatística não mente, por que há quem teime em usá-la para manipular o processo eleitoral? – IDeIAS nº 115

Julho 26, 2019

Na sequência da publicação do IDeIAS nº 113António Francisco aprofunda no presente IDeIAS nº 115 alguns aspectos importantes para a compreensão das divergências estatísticas entre a autoridade estatística oficial em Moçambique, o Instituto Nacional de Estatística (INE), e os órgãos eleitorais (Secretariado Técnico de Administração Eleitoral – STAE – e Comissão Nacional Eleitoral – CNE). À medida que se aprofunda o assunto percebe-se que a dimensão da deturpação das projecções provinciais e distritais do INE por parte do STAE/CNE é muito mais grave do que se poderia imaginar inicialmente. Basta comparar as estimativas da população em idade eleitoral projectada pelo INE para 2019 com as metas que o STAE/CNE fixaram para recensear nos distritos. As discrepâncias são particularmente notórias em vários distritos da província de Gaza, onde as metas do STAE só teriam cabimento se a população elegível para votar incluísse menores, entre sete (7) e dezoito (18) anos de idade. Por outro lado, porque será que o STAE, para a Cidade da Beira, fixou uma meta a recensear com quase 90 mil eleitores a mais em 2019 do que indica a projecção do INE? O IdeIAS nº 115 termina com a resposta à questão colocada no título: “Se a estatística não mente, porque há quem teime em usá-la para manipular o processo eleitoral?”

Copyright © 2016 Instituto de Estudos Sociais e Económicos.
Professional website development by Independent Software in Maputo, Mozambique