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"Orçamentação em Moçambique" – Tema de Seminário na cidade da Beira

No âmbito do “Projecto de Partilha de Informação”, implementado pelo IESE e financiado pelo Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil (MASC), realizou-se na Beira, nos dias 1 e 2 de Dezembro, a primeira sessão de formação sobre o tema “Orçamentação em Moçambique”. Esta formação foi facilitada por três investigadores do IESE, nomeadamente: Zaqueo Sande, Fernanda Massarongo e Michael Sambo. Participaram na formação cerca de 20 pessoas entre activistas da sociedade civil, estudantes e professores de universidades locais. No encontro foram expostas e distribuídas algumas publicações do IESE, nomeadamente, IDeIAS e Boletim Informativo do Projecto de Partilha de Informação.(Veja o módulo 1, módulo 2, módulo 3, módulo 4, módulo 5, módulo 6 e módulo 7)


Exclusão social pode pôr em risco a paz e a estabilidade social em Moçambique. Quinta, 07 Outubro 2010 00:00 André Manhice - O País
A exclusão social é apontada como um desafio a ultrapassar em Moçambique para se atingir uma paz efectiva a nível político, social e económico.. Esta tese foi defendida, esta semana, pelo académico e antigo reitor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Brazão Mazula, falando para uma plateia composta por académicos, estudantes e alguns membros do Governo, numa palestra sobre a prevalência da paz em Moçambique. Mazula disse ser evidente a exclusão social, condicionada pela ruptura de comunicação - entre outras plataformas de diálogo -, entre o Estado e os cidadãos. "A paz política em Moçambique depende da inclusão social, do respeito pela lei e pelas instituições do Estado", defendeu Mazula, que entende, por isso, que uma das condições para a manutenção da paz em Moçambique é a implementação de uma educação virada para a paz mental das pessoas. "O grande desafio para a paz em Moçambique é começarmos a formar as pessoas para desenvolverem uma paz mental. agora, temos que educar a mente", referiu Mazula, acrescentando que "se tivermos a paz mental, que não esteja a planificar violência, não teremos mais eventos como os de Montepuez, de mocímboa da Praia; não teremos mais o 5 de Fevereiro, nem 1 e 2 de Setembro". Ainda de acordo com o académico, para se manter a paz no país, é crucial o envolvimento do sector cultural, que exerce um papel importante na forma como os cidadãos de determinado país agem socialmente. Magid Osman apela ao combate do fenómeno Esta ideia foi, igualmente, defendida pelo antigo ministro das finanças, Magid Osman, para quem a exclusão social, consubstanciada pela falta de emprego, dificuldades de acesso à educação e habitação, desequilíbrios sociais, económicos, entre outros, constitui um perigo para a paz no país.
http://www.opais.co.mz/index.php/politica/63-politica/10031-exclusao-social-pode-por-em-risco-a-paz-e-a-estabilidade-social-em-mocambique.html


Governação Africana: Moçambique na 20ª posição do índice Mo Ibrahim de 2010 Quinta, 05 Fevereiro 2010 - RM
Moçambique foi classificado na 20ª posição no Índice Mo Ibrahim 2010 de Governação Africana, de um total de 53 países africanos avaliados.Este Índice demonstra que o progresso na qualidade de governação em África está a ser posto em causa devido a deterioração dos direitos políticos, segurança pessoal e estado de direito O Índice Mo Ibrahim, que foi lançado na segunda-feira em cinco cidades africanas, nomeadamente Accra, Cairo, Dakar, Joanesburgo e Nairobi, é publicado pela Fundação Mo Ibrahim, uma organização empenhada em apoiar a boa governação e óptima liderança no continente. Para o efeito, o Índice mede a distribuição de bens e serviços públicos aos cidadãos por parte dos governos e de actores não-estatais considerando 88 indicadores. Na presente edição Moçambique obteve a pontuação de 53 na qualidade de governação em 2008/09, ocupando assim a 20ª posição. Moçambique obteve uma classificação mais baixa comparativamente a média regional para a África Austral, que foi de 57 pontos. Contudo, mesmo assim Moçambique obteve uma classificação mais alta comparativamente a média continental, que foi de 49 pontos. Com relação ao nível de subcategorias, Moçambique ocupou a posição mais alta na área de Segurança Nacional e a mais baixa no Ensino. Enquanto isso, Moçambique classificou-se na 7ª posição num grupo de 12 países da região da Africa Austral. Importa referir, que a região da África Austral foi a melhor posicionada no Índice Ibrahim 2010. O forte desempenho global da região foi impulsionado pela classificação em primeiro lugar em duas das quatro categorias do Índice, nomeadamente Segurança e Estado de Direito e Participação e Direitos do Homem, bem como em seis das 13 subcategorias do Índice. Este facto é testemunhado pela pontuação mais alta da Africa Austral comparativamente a média continental nas referidas subcategorias. As Ilhas Maurícias foi o país com melhor desempenho na região em todas as quatro categorias do Índice Ibrahim e consequentemente na qualidade de governação em geral. O Zimbabwe foi o país com pior desempenho da região em Segurança e Estado de Direito e Desenvolvimento Económico Sustentável, e consequentemente na qualidade de governação em geral. Ao longo do Índice, verificam-se ganhos em muitos países em termos de desenvolvimento humano e económico. No entanto, o progresso na qualidade de governação global está a estagnar, com quedas preocupantes no lado político da governação. Na altura da emissão do Índice deste ano, Mo Ibrahim, Fundador e Presidente da Fundação, disse que "o Índice Ibrahim 2010 dá-nos uma imagem mista sobre o recente progresso da governação por todo o continente. Enquanto muitos cidadãos africanos encontram-se mais saudáveis e com melhor nível de educação, com maior acesso a oportunidades económicas do que há cinco anos atrás, há muitos que se encontram menos seguros do ponto de vista físico e menos independentes politicamente". O Índice Ibrahim 2010 apresenta duas áreas de progresso e de retrocesso na governação ao longo dos últimos cinco anos. A qualidade da governação geral mantém-se sem grandes alterações comparativamente aos anos anteriores, com uma pontuação média continental de 49 sem sofrer grande alteração. No entanto, esta média encobre a grande variação no desempenho pelos países. Angola, a Libéria e o Togo apresentam significantes melhorias nas pontuações do desempenho de governação. Além disso, existem grandes diferenças nas tendências ao longo das várias categorias do Índice. Tanto ao nível do Desenvolvimento Económico Sustentável como do Desenvolvimento Humano verificaram-se melhorias em muitos países africanos. De salientar que em nenhum país se verificaram descidas significantes nestas categorias. Ao nível do Desenvolvimento Económico Sustentável, 41 estados melhoraram; dez desses significativamente. No Desenvolvimento Humano, 44 dos 53 países de África progrediram impulsionados pelas melhorias na maior parte dos países na subcategoria Saúde e Assistência Social. Duas das melhorias em Desenvolvimento do Homem foram significativas. Este progresso não se encontra espelhado na Segurança e Estado de Direito e na Participação e Direitos Humanos. Na Segurança e Estado de Direito, 35 estados africanos desceram; cinco deles com descidas consideráveis. Na Participação e Direitos Humanos, embora os resultados sejam diversificados, quase dois terços dos países africanos desceram nas subcategorias de Participação e Direitos. As análises do desempenho de países na subcategoria Paridade mostram algum progresso. Considerando estes resultados, Salim Ahmed Salim, membro do conselho da Fundação e antigo Secretário-Geral da Organização da Unidade Africana (OUA), disse que " a tendência geral é causa para preocupação. Temos de assegurar que o lado político em África não seja negligenciado. Já vimos pelas provas e experiências por todo o mundo que tais discrepâncias entre a governação política e a gestão económica são insustentáveis a longo prazo. Se África vai continuar a progredir precisamos de prestar atenção urgentemente aos direitos e segurança do nosso povo". O Índice Ibrahim 2010 de Governação Africana baseia-se nos dados mais recentes disponíveis de Governação Africana para cada indicador; estes dados são maioritariamente de 2009. Nos casos em que os mesmos não se encontravam foram utilizados os dados de 2008.
http://www.rm.co.mz


46 % da população rural não têm acesso à água
Sexta, 08 Outubro 2010 00:00 Orlando Henriques - O País
O acesso à água potável ainda está aquém das necessidades no país. Esta situação verifica-se com maior gravidade nas zonas rurais onde, segundo dados da Direcção Nacional de Águas (DNA), cerca de 44 por cento da população rural moçambicana não têm acesso à água potável. De acordo com Messias Macie, geólogo afecto à DNA e que falava durante um encontro com o tema "Diálogo Nacional Sobre o Direito à Água e ao Saneamento", organizado pela plataforma da sociedade civil, anunciou que pelo menos cerca de três mil, das 17 mil fontes de água existentes no país, encontram-se avariadas. A fonte disse ainda que, no país, uma fonte de água está para cerca de 500 pessoas. Daí que se aventa a hipótese da avaria das cerca de três mil fontes estar relacionada com a pressão que as mesmas sofrem do elevado número dos utentes. Uma das questões levantadas no encontro dava conta de problemas inerentes à criação de comités para se fazer a gestão das fontes de água. Macie revelou que, segundo um estudo lançado ano passado, se a situação continuar neste estado "ficaremos a 17 por cento de atingirmos os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio, ODM.
http://www.opais.co.mz/index.php/sociedade/45-sociedade/10065-46-da-populacao-rural-nao-tem-acesso-a-agua.html

Eventos

Formações, para Zambézia/Mocuba organizadas em parceria com a PRODEA - Abril 2011